sábado, 5 de julho de 2008

Boavista vai mesmo para a Liga Vitalis




O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu ontem condenar o Boavista à descida de divisão, não dando provimento ao recurso apresentado pelo clube axadrezado na sequência da decisão da Comissão Disciplinar (CD) da Liga.

O anúncio foi feito por Álvaro Batista, vogal do Conselho de Justiça, no final de uma longa reunião que terminou perto das duas da manhã e da qual saíram, antes do jantar, Gonçalves Pereira e Elísio da Costa Amorim, respectivamente presidente e vice-presidente daquele órgão. A votação terá sido da responsabilidade dos restantes restantes cinco conselheiros: Francisco Mendes da Silva, Álvaro Batista, Santos Pereira, Salema Pereira dos Reis e João Carrajola de Abreu.

O CJ da FPF negou provimento aos recursos apresentados por Pinto da Costa suspenso por dois anos pela CD da Liga).

Por terem quórom, os cinco elementos decidiram instaurar um processo disciplinar ao presidente do CJ e a sua suspensão imediata de funções. Os vogais entendem que com cinco votos havia quórum para tomar decisões, embora subsistam dúvidas sobre a sua legalidade, já que no artigo 9º, alinea a do regimento disciplinar consta que cabe ao presidente convocar, dirigir e orientar a reunião. Uma reunião que começou com três incidentes de suspeição: um levantado pelo Paços de Ferreira, tendo como alvo Gonçalves Pereira, presidente do CJ, por alegada falta de isenção, e os outros dois, levantados pelo FC Porto e Boavista sobre João Carrajola de Abreu, vogal daquele órgão, após ter sido tornado público um projecto de acórdão que indiciava preferência pela manutenção do castigo aplicado pela CD da Liga ao presidente do FC Porto.

Ao que foi possível apurar, Gonçalves Pereira terá entendido que João Carrajola de Abreu não tinha condições para participar na votação por ser perito da Comissão de Estatuto de Inscrição de Jogadores, este não aceitou o parecer do presidente do CJ, o que terá motivado a saída do presidente da reunião.

Convém recordar que ainda há mais processos pendentes: o do Gondomar e do Vizela.

Negado provimento a João Vilas Boas

No conjunto de decisões ontem analisadas e anunciadas antes do intervalo para jantar, destaque para a decisão sobre o recurso apresentado pelo árbitro João Vilas Boas a uma decisão da Comissão Disciplinar da Liga, após o Leiria ter acusado o árbitro de "má-fé" no jogo com o Paços de Ferreira, da 15ª jornada da Bwin Liga, cujo desfecho foi favorável aos pacenses por 2-1, com os conselheiros a não darem provimento à acção levada a cabo pelo árbitro de Braga. Até então, foram também analisados mais dois recursos, o segundo relativo ao júnior do Sporting, André Renato Martins, julgado procedente, e o terceiro, relativo ao futsal, anulando a suspensão de um mês aplicada ao jogador do Belenenses, Pedro Cary, pelo Conselho de Disciplina da FPF. A terminar, foi negado provimento a um protesto apresentado pelo São Pedro da Cova.

Nenhum comentário: